terça-feira, 5 de julho de 2011

Tecnologias avançam a favor da vida. Indústria(s) Farmacêutica(s) procuram evoluir juntas.

Os novos tipos de fármacos que revolucionarão a IF nos próximos anos
05/07/2011 - 09:34
Tempos difíceis aproximam-se para a indústria farmacêutica (IF). Nos próximos cinco anos, a validade de uma série de patentes vai expirar, o que fará com que as companhias percam nada menos que 267 mil milhões de dólares em vendas até 2017. A procura por descobertas que gerem novas patentes continua. O alerta para as mudanças foi feito por um estudo realizado pela consultora PricewaterhouseCoopers (PwC) chamado “Pharma 2020: Supplying the future”, que traz previsões sobre como estará o mercado no referido ano e aponta os novos tipos de fármaco que revolucionarão a IF nos próximos anos, avança a revista VEJA.
Pílulas substituem a injecção
Nos próximos anos, a tendência é que o paciente possua cada vez mais autonomia no seu tratamento. As pílulas e comprimidos, tais como conhecemos, continuarão no mercado, mas ganharão novas funções. Empresas como a indiana Biocon e a dinamarquesa Novo Nordisk testam, separadamente, uma pílula capaz de prover insulina, usada no tratamento de diabetes. O objectivo é substituir a injecção. O grande desafio é evitar que a molécula da hormona seja quebrada durante a digestão, anulando seu efeito. Por isso, as empresas desenvolvem uma nova categoria de cápsula que resiste ao ataque dos ácidos do corpo humano e, somente numa fase posterior da digestão, libera a insulina, já de forma segura.
Feito sob medida
A tecnologia de microprocessamento – em que ‘microcontainers’ carregam nanopartículas, que são elementos, no mínimo, oitenta vezes menores que a largura de um fio de cabelo – trará grandes avanços à personalização dos medicamentos.
Especialistas apontam que no futuro, os farmacêuticos serão capazes de dosar e misturar os medicamentos conforme as necessidades de cada paciente. Dentro de uma só ‘superpílula’ poderá haver diversos ‘microcontainers’, que liberarão os princípios activos em tempos diferentes. A holandesa Fagron já começou a pesquisar esta tendência.
Informação será tudo
Ainda não convivemos com andróides, mas já existem estudos que trazem princípios da electrónica ao corpo humano. Há, por exemplo, projectos de chips digestíveis que podem ser acoplados a comprimidos tradicionais. O objectivo é transmitir a computadores, smartphones ou outro equipamento informações da data e hora exactas em que o remédio foi absorvido pelo corpo. Os dados, conduzidos por rede sem fio, podem também ser enviados ao médico. A americana Proteus Biomedical tem o projecto das de fabricar o produto.
Transgénicos e biotecnologia entram no jogo
A engenharia transgénica é outra aposta para o futuro. Injectar genes em plantas ou animais para que produzam determinada proteína a ser usada em seres humanos será cada vez mais normal. A empresa GTC Biotherapeutics é uma das que está na vanguarda desta técnica e quer provar que ela pode ser comercialmente viável. A companhia já produz um remédio que actua em problemas de coagulação feito a partir de leite de cabra geneticamente modificada. Achou demais? As farmacêuticas prevêem também um futuro com tratamento de células-tronco humanas para doenças como Alzheimer e Parkinson, também conhecido como medicina regenerativa.
Nem tudo será luxo
Corte de custos e produção em massa continuam a ser elementos importantes para a indústria farmacêutica, em especial para aquelas que focam o suprimento de países em desenvolvimento. A Freeplay Energy, por exemplo, produziu um medidor de batimento cardíaco que funciona a partir de uma manivela que gera energia para o aparato. Cada um minuto girando a manivela corresponde a dez minutos de utilização do produto. A ideia é prevenir doenças em locais de baixa renda que não tem energia eléctrica.

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